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sábado, 4 de junho de 2011

bebê rindo, isso é que é felicidade

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Agradecimento aos amigos

Não consigo explicar o que sinto agora e confesso que tenho dificuldades de relatar aqui o sentimento que toma conta de cada membro dessa família. A demonstração de carinho para conosco através da doação de sangue para a Léo ultrapassou os limites de uma relação de simples amizade e alcançou proporção imensurável de solidariedade e laços antes só presenciado por consangüíneos. Ainda essa semana, eu estava no corredor do segundo andar do Palácio das Águas em Hortolândia e deparei-me com um cartaz solicitando doadores. Não faço idéia de quem o fez, mas senti que não estava mais sob meu controle essa campanha. No Sábado, em campanha realizada pelo Rotary, soube que mais de quarenta pessoas estavam com os papéizinhos com o nome da Léo e logo depois soube que o Adilson esteve lá para saber se as pessoas estavam mesmo doando em nome dela. Encontrei pessoas que disseram ter doado pela primeira vez e um deles, o Fernando, tinha medo e o venceu para fazer a doação depois de ter recebido um e-mail orquestrado pela Paula e reproduzido e encaminhado para centenas de pessoas pela Marissilvia. Soube que a própria Paula fez sua doação e ao comentar com uma amiga que trabalha em uma grande empresa, ouviu desta o compromisso de encaminhar todos os funcionário para doar em nome da Léo. E assim centena de pessoas participaram dessa campanha pela vida, não só da Léo, mas de outras centenas de pessoas. 
O Ato de doar em nome da Léo, trouxe à tona um sentimento de elevação da auto-estima dela, do sentir-se querida. Deu a ela uma força extra para enfrentar a que esperamos ser a ultima das batalhas contra essa doença.  Passada a etapa do transplante de medula, sinto que Deus permitirá que comemoremos todos juntos essa vitória, que agora não será só nossa, mas de todos e todas que participaram orando, preocupando-se, tirando um tempinho para ouvir sobre sua recuperação, acessando o blog e acompanhando cada passo do tratamento.
Aproveito para Homenagear uma pessoa que teve papel fundamental na disseminação dessa idéia de ajudar à Léo: Dona Cida, muito obrigado e que Deus mantenha viva essa paixão pelo próximo que tão raramente temos o privilégio de ver por ai. Receba o carinho de toda nossa família.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eu e as mulheres da minha vida.

Eu babo sim, e vou vivendo...

O sorriso banguela mais lindo do mundo!!!

Doação de sangue

A Léo estará passando por mais uma etapa do tratamento e dessa vez quero aproveitar para pedir a você que acompanha essa história que, se puder, doe sangue ou medula em nome de Leonice da Silva Cardoso. Pode ser no Hemocentro/Unicamp ou no Hospital de Sumaré, Mario Gatti, Pucc e neste sábado, na EE São Sebastião em Hortolândia. Caso você não possa, veja com seus amigos e familiares. É muito importante a sua cooperação em mais essa etapa.
Que Deus possa retribuir com muitas bençãos para você e sua família.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

             um sorriso de apenas dois meses
              Maria Vitória e Mamãe. Vitória!!!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Ano Novo!

O céu se ilumina e em festa, os fogos dançam e cantam anunciando a chegada de um novo ano. Com os pés bem fincados no chão, nós contemlamos maravilhados enquando tampamos os ouvidinhos da Maria Vitória que não para de se assustar com os tiros.
Conviver com a família e festejar o nascimento do menino Jesus e em seguida o nascer de um novo ano recebendo os abraços e palavras carregadas de afeto impulsionam e projetam-nos para uma nova e desconhecida jornada. E se por um lado sabemos o que queremos e desejamos para o ano vindouro, temos por outro a dúvida de que seremos ou não atendidos. Não porque fazemos planos impossíveis de serem alcançados, mas por sabermos que não somos controladores do nosso destino embora muitos acreditem que são. Nós mesmos, aqui em casa, planejamos passar o ano de 2011 em plena tranqüilidade e sem surpresas em relação ao tratamento da Léo. Afinal, acreditávamos que por estarmos integrados às políticas de tratamento da Unicamp, saberíamos sempre como as coisas correriam. Engano nosso. No primeiro dia útil do ano, recebemos a informação de que a Léo seria internada para receber uma nova carga de quimioterapia. Não nos surpreendeu o fato de ter que tomar a químio, mas a urgência como isso acontecera.  E um ano tranqüilo e planejado foi por água a baixo.
Penso que um ser humano precisa apanhar muito para entender os desígnio de Deus. O criador não nos dá o controle de todas as coisas. Ele nos dá o direito de escolher os caminhos que queremos seguir. Na maioria das vezes entendemos e prevemos quais são as conseqüências dessas decisões mas em outras estamos de olhos vendados. Aí, precisamos ser conduzidos por Ele.
Chegamos na Hematologia meio sem graça e preocupados com o julgamento que receberíamos por ter evadido da última vez. A primeira frase que ouvimos foi:
- O bom filho à casa torna!
Essa foi a afirmação que uma das enfermeiras fez questão de fazer ecoar no corredor frio do Hemocentro.
Nos três primeiros dias, tivemos algumas alterações no quadro dela mas nada de tão complicado. Depois de ter tido pré-eclanpsia, sempre em acontecendo alterações de pressão, mas controlável. O que nos chateava era o fato de não termos tido, um dia sequer, recebido a visita da médica responsável pelo plantão. Sra. Camila já é uma conhecida nossa de outros momentos do tratamento. Ela nos atendeu quando a Léo fazia o tratamento com ABVD. Agora ela está na Hematologia e eu queria muito falar com ela. Montei um plantão também e fiquei aguardando o momento em que poderia interpelá-la. Quando a vi, fui correndo ao seu encontro:
- Dra. Camila! Preciso falar contigo um minuto, pode ser?
- Claro! Pode falar!
- Estamos com alguns problemas e não temos conhecimento do procedimento que a você está adotando. Nesses três dias não tivemos sua visita no leito em que a Léo está e isso tem deixado ela com muitas dúvidas.
- Nos estamos em número muito pequeno e está sendo difícil dar conta. Mas quais são as dúvidas?
- Hoje sua pressão está em 19/10 e não foi medicada por que não havia um prescrição sua, Dra.
- Então, eu estava aguardando a receita para saber qual medicamento ela estava tomando.
- Mas nós já mostramos a receita para a equipe de enfermaria pela manhã, se não chegou até você temos que descobrir o que aconteceu. Tem mais. O ciclo menstrual dela está no final e em vez de baixar o sangramento está aumentando.
- Eu pedi ao pessoal que desse à ela o anti concepcional que temos aqui, mas ela disse que tomava o Yaz, e esse não temos. Ela precisa voltar a tomar as pílulas regularmente, como fazia antes da gravidez, ninguém informou a vocês?
- Não Dra., infelizmente!
- Ela voltando a tomar, o ciclo será interrompido. O aumento no fluxo é por que as plaquetas estão em baixa por causa da Qímio.
- Todas essas informações que você está me dando são muito esclarecedora mas preciso te pedir que converse com a Léo. Ela está muito confusa e uma boa conversa entre vocês ajudará a tirar esse grilos da cabecinha dela. Por favor! Fale com ela! Eu agradeceria muito se isso acontecesse.
- Farei isso.
De fato ela o fez. Foram mais ou menos meia hora de conversa com a Léo e isso restaurou o humor dela. Humor esse que seria alterado com uma novidade que não queríamos que acontecesse. A previsão de alta foi alterada em função de uma piora nos rins. Essa químio mexe muito com os rins e com essa alteração ela teria que ficar mais alguns dias. A partir de então, a Léo não se alimenta direito, teve uma queda brusca de pressão e seu emocional ficou muito abalado.
Assim está sendo 2011 e assim será por alguns meses mais. Tenho tido muito apoio dos amigos e familiares, mas confesso que tenho medo de não aguentar e pirar de repente. Sei que isso não aconteceu ainda porque tenho a Maria Vitória para cuidar. Não sei o que seria de mim se não tivesse, todas as manhãs, o sorriso banguela de minha filha para iluminar cada um dos meus dias. Sei que relato o máximo de informações aqui na tentativa de desabafar com vocês, mas tem muita coisa que não dá ficar comentando, pequenas coisas, diga-se de passagem. Mas vão minando nossas forças a ponto de querermos entregar as armas. Deus tem me dado discernimento para encarar cada um desses problemas de frente e, dia após dia, ir vencendo e lutando, cada dia uma nova batalha de uma guerra que só Deus sabe quando terminará.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Imagem é tudo

Hoje, resolvi não escrever. Deixo a imagem falar por mim.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Maria Vitória

Um choro, um sorriso, um gemido e até mesmo a alegria na hora do banho, nos fazem voltar a ser crianças diante da  nossa filha. Ela tá tão manhosa que já sabe como nos levar imediatamente para diante de sí. Quando está com fome, a respiração ofegante e a boquinha aberta é o sinal. Quando não quer mais ficar no berço, começa a gemer como quem está prestes a fazer caquinha. Corremos e ela estica o peito para cima como que tenta alcançar algo com o umbigo. Sei que é corugisse, mas admito sem vergonha nem culpa. Babo eu, babam as irmãzinhas dela e baba muito, a mãe. A Léo, depois que evadiu do hospital, não teve mais febres constantes e sua cútis está cada vez mais linda. Pensem em alguém que acabou de sair de um spá de beleza!É a Léo depois que passou a conviver novamente com a Maria Vitória.
As vovós estão cada vez mais encantadas com sua netinha e quando precisamos que uma delas cuide da nossa filha para resolvermos algum problema, temos que criar estratégias e fazer cálculos para que uma não ache que a outra foi beneficiada ficando mais vezes.  Não precisaremos comprar roupas até que ela complete um ano. Primeiro porque dona Nazira não deixa, depois porque são tantos os presentes, que não temos que nos preocupar.
O Tio rogério ficou tão mexido com o nascimento dela que tatuou seu nome no braço e ainda por cima me convenceu a fazer uma tatuagem também. Não fiz ainda, mas vou fazer assim que me acostumar com a idéia de uma agulha me rasgando a pele.
A Gabi e a Carol, são as meninas mais entendidas de bebês que conheço na idade delas. Enfim... É tanto carinho que a cada dia ela fica mais linda, mais princesa do papai. Ah! Ia me esquecendo. O Porto e a Zelia, vieram nos visitar e foram surpreendidos com o pedido para que fossem padrinhos de batismo dela. Foi um chororô aqueles.




A peruca e a quimioterapia II

Já relatei em texto anterior a importante ligação entre a peruca e a quimioterapia. Aconteceu novamente.Essa ligação se revelou quando esperávamos para os exames de rotina que a Léo teria que fazer depois da fatídica internação. Antes, preciso dizer que todo o tratamento, nesses últimos seis meses, aconteceu sem causar nenhum dano aos cabelos da Léo. Algumas pessoas chegam a duvidar que ela tem a doença.
- Ah! Seis tão de brincadeira!
Gostaríamos de estar. Mas infelizmente é verdade, como é verdade que não caiu o cabelo.
Já ensaiamos varias possibilidades, caso o cabelo caísse.
E, há três dias os fios vem aparecendo aos montes nos lençóis e travesseiros. Mais cedo ou mais tarde isso aconteceria.
Então... Como dizia antes, estávamos aguardando o atendimento, quando chegou a Jéssica. Pra quem não se lembra, ela comprou uma peruca e não havia usado até então. Mas, depois de um bom tempo sem encontrarmos com ela, eis que surge a Jéssica. A peruca estava finalmente sendo usada. Os mais de mil e quinhentos reais, enfim, teriam uma finalidade. E o mais interessante é que depois de um breve bate papo, descobrimos que esse mês venceria a ultima prestação da peruca. Ainda Mais interessante foi descobrir que as duas que antes não tinham perdido cabelo, se encontraram bem na semana em que estavam passando por situação semelhante.
A Léo achou legal a peruca da Jessica mas prefere não usar.
- Quero um lenço bem bonito, amor!
Entre as brincadeiras e as coincidências fica marcada a expressão da Léo quando, sentada à mesa, Olhou bem nos meus olhos e perguntou:
- Não notou nada de estranho em mim hoje, amor?
Eu fiz várias tentativas, mas errei todas.
- Meu cabelo está caindo.
Tentei rapidamente explicar que já esperávamos por isso e que estávamos preparados.
Sei que é muito mais fácil pra mim. Eu não estou perdendo cabelos, pelo menos não tão rápido. Entendo a dor de uma mulher, que estima tanto suas madeixas, vendo-as cair aos montes, dia após dia. Não há consolo que apague a tristeza dessa perda. Mas me surpreendo com a força da Léo. Ela vê e fala disso com muita tranquilidade, pelo menos aparente. Tenho tido muito orgulho da mulher que escolhi para ser mãe de minha filha. Sei que ainda temos muito a trilhar, mas me sinto mais seguro tendo uma guerreira a frente da batalha. Tem um susto aqui, outro alí, mas pouco a pouco vamos vencendo, batalha por batalha.